terça-feira, 15 de março de 2011

Caso Clínico

Os dados aqui descritos são baseados em um caso real acompanhado no Hospital Universitário. Por questões éticas, a identidade das pessoas será preservada e as imagens são meramente ilustrativas.


Caso clínico:  R.C.S, masculino, 32 anos, lavrador, casado, natural de Arauá-SE
História Clínica: paciente deu entrada no Hospital Universitário para investigar aumento exagerado do abdome, principalmente do lado direito, e dores que relata ser insuportáveis que não melhora com uso de medicamentos. Após vários dias internados no Hospital Referência, foram detectados vários nódulos relativamente grandes em fígado e varizes de médio e pequeno calibre no esôfago. Suspeitando de uma possível metástase hepática (disseminação de um câncer pro fígado)  em grau avançado, foi encaminhado ao HU para investigação de um possível foco primário (local inicial do câncer). Após várias reuniões entre especialistas, concluíram que independente do foco primário do câncer, um paciente nesse estágio de metástase não possui chances de cura, e instituíram cuidados paliativos para este caso. (cuidados paliativos representam controle da dor, e do bem estar do paciente até a progressão natural da doença para o falecimento do mesmo, que tem pouca expectativa de vida). No momento, encontra-se relativamente bem, com a dor controlada, aguarda ansioso o parecer médico e chora de emoção e orgulho ao falar de seu filho que nasceu há 7 dias.
Antecedentes patológicos: Nega qualquer doença importante durante a vida.

História Familiar: D.M.S, feminino, 27 anos, sua esposa, é dona de casa, saudável. Há 7 dias teve seu primeiro filho, está impossibilitada de visitar seu esposo no hospital devido o pós-parto e por não ter com quem deixar a criança. Prestes a receber a notícia de que seu marido tem alguns meses de vida. Recém Nascido de D.M.S., masculino, 7 dias de vida, seu primeiro e único filho. Prestes a ficar órfão.

...

E então... você ainda acha sua vida difícil?? Acredita mesmo que seus problemas são os mais urgentes e que Deus não olha pra você?

REFLITA
...

Como diz um velho amigo meu: “já que a vida é breve, que seja linda.”
Portanto meus caros, sorriam pra suas dores!  Faça como manda a música...

Sorri - Djavan
Composição: Charles Chaplin/G.Parson/J. Turner - versão: Braguinha 

Sorri
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorri
Quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos
Sorri
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz.


Com amor,
Juli

4 comentários:

  1. Ju, especial, doce e comovente como sempre.

    Vc não sabe, mas tem amor correndo nas veias.

    Ótimo, lindo e completo.

    Bjs no teu coração


    Sóli, teu fã!

    ResponderExcluir
  2. Ah Sóli, não vale pegar suas qualidades e querer colocar pra mim... rs

    Sou mto felz e honrada por ter um fã como você, mas sou sua fã primeiro viu!

    Obrigada por estar aqui!

    Beijooo

    ResponderExcluir
  3. Minha querida,
    Eu não tinha dúvida de que você faria diferença na medicina. Sua competência é inegável!Não só os medicamentos aliviam as dores. O seu coração sensível também é um bálsamo para esses seres tão fragilizados que têm encontro marcado na sua estrada. Eu me sinto muito feliz de perceber o seu olhar compassivo e cheio de ternura. Ser médico de almas é para poucos.Você é uma daqueleas pessoas angelicais que dá um toque de suavidade nas situações dolorosas da vida, tornando-as mais amena.
    Tenho muito orgulho de você!
    Acho que voc~e deve continuar postando seus casos clínicos. Faz-nos refletir sobre o valor da vida.
    Te amoooooooooooooo, minha Doutora Alada!

    ResponderExcluir
  4. Notícias do paciente: ele e a família receberam a notícia de que ele estava com cancer e não tinha muita perspectiva de tratamento. De uma forma muito sutil e respeitosa os médicos conversaram com a família, tentaram fazer entender que iam fazer o possível para deixar o paciente o mais confortável possível.
    Os dias se passaram e a postura do paciente e dos familiares era de NEGAÇÃO. Uma postura muito comum em pacientes assim, eles fngem que não entendem o que tá se passando e fingem que está tudo bem, não falam no assunto, não demonstram sofrimento externo...
    Foi conversado com a esposa para levar o filho para que ele pudesse conhecer, mas a esposa disse que era melhor esperar ele ficar melhor.... mas esperar o q???

    Enfim. Hoje na enfermaria recebemos a noticia de que ele tinha ido a óbito nessa madrugada.

    Portanto lembrem-se: vcs não precisam estar com uma doença terminal pra saber que vão partir de uma hora pra outra. A gente não sabe se vai acordar amanhã. Por isso, vamos amar e viver hoje.

    Juli

    ResponderExcluir